A presença de um bichinho de estimação traz muitos benefícios para quem está passando por tratamentos de saúde, como o câncer. Ter um pet ajuda a aliviar a ansiedade, melhora o humor e traz conforto emocional. Mas, durante a quimioterapia, é fundamental ter cuidados especiais para proteger tanto o paciente quanto o animal.

De acordo com Juliana Rozolen, que é veterinária e professora de Medicina Veterinária, a quimioterapia pode deixar o sistema imunológico do paciente mais fraco. Isso significa que a pessoa fica mais vulnerável a infecções. Os médicos sempre alertam para a importância de cuidar da saúde nesse período.

Enquanto os tratamentos estão em andamento, a microbiota do corpo, que são as bactérias que ajudam a proteger a pele e o organismo, pode ser alterada. Quando isso acontece, a pele e as mucosas ficam mais fragilizadas. É nessas horas que qualquer corte ou ferida pode se transformar em um caminho para infecções.

### Riscos para os pets

Apesar de os pets sempre oferecerem amor e carinho, eles também podem estar em risco. É importante lembrar que algumas substâncias da quimioterapia podem ser eliminadas pelo suor, urina e até pela pele do paciente. Caso o pet tenha contato constante com essas secreções, ele pode acabar se contaminando.

Isso não significa que os animais devem ser afastados de seus tutores em todos os casos. Com algumas medidas de precaução, é possível ter um convívio seguro. O importante é que tanto os médicos que atendem o paciente quanto os veterinários orientem sobre as melhores formas de convivência durante esse período.

### Quando o afastamento é necessário

Existem momentos em que os médicos recomendam que o animal de estimação fique afastado do tutor, especialmente se o paciente estiver em uma fase muito delicada. Essa decisão é difícil, mas visa garantir a segurança de todos, tanto do dono quanto do pet. O ideal é que isso ocorra até que a saúde do paciente se estabilize.

### Convivência segura

Juliana ressalta que a separação não deve ser a primeira opção. Na maioria das vezes, a convivência entre tutor e pet pode acontecer com cuidados simples de higiene e acompanhamento veterinário. É possível manter o convívio, desde que algumas precauções sejam seguidas.

Vacinações em dia, banhos regulares e limpeza do ambiente são algumas das medidas que podem ajudar a manter a segurança durante esse período. Uma boa comunicação entre o médico oncologista e o veterinário é essencial para estabelecer as orientações mais adequadas para cada situação e manter a saúde de ambos.

### Conclusão

Por fim, é fundamental que tanto o paciente quanto o pet tenham a atenção necessária neste momento delicado. O amor e a companhia de um animal de estimação podem ser muito reconfortantes, mas a saúde deve sempre ser prioridade. Com apoio mútuo e cuidados adequados, é possível passar por essas dificuldades juntos, garantindo bem-estar e qualidade de vida para todos os envolvidos.

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Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.