O pagamento da segunda parcela do 13º salário precisa ser feito até o dia 20 de dezembro. Essa parcela complementa o valor total que deve ser pago aos trabalhadores. Ao contrário da primeira parcela, que não tem descontos, essa segunda parcela sofre a incidência de todos os descontos obrigatórios, como o INSS e o imposto de renda, o que diminui bastante o valor que a pessoa realmente recebe.

De acordo com especialistas, dezembro costuma ser um mês cheio de dúvidas e frustrações em relação a esses pagamentos. A maioria dos trabalhadores recebe a primeira parcela sem desconto nenhum e acaba criando uma expectativa errada quanto ao valor da segunda parcela. É nesse segundo pagamento que aparecem os descontos do INSS e, em alguns casos, o imposto de renda, dependendo do quanto a pessoa ganha.

A falta de informação leva muitos a acreditarem que houve erro nos cálculos. Os profissionais explicam que a segunda parcela normalmente chega menor porque é nela que os descontos de tributos são feitos. Não se trata de um erro, mas sim de uma regra que pega muitos de surpresa. Para evitar confusões, é bom ficar atento a alguns pontos importantes sobre a segunda parcela do 13º salário.

1. INSS: o primeiro desconto que reduz o valor final

O INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) é o primeiro a descontar do 13º. O desconto é feito sobre o valor total do benefício e segue uma tabela progressiva. Isso significa que, quanto maior o salário, maior será a porcentagem descontada. Algumas pessoas podem perder até centenas de reais por causa desse desconto, principalmente quem ganha mais.

2. Imposto de Renda: só para quem passa da faixa de isenção

Nem todo mundo tem que pagar imposto de renda. O imposto só é cobrado para quem ganha acima do limite de isenção. Para esses trabalhadores, a dedução pode ser bem significativa. É comum que algumas pessoas se esqueçam que o 13º também entra na base de cálculo do imposto de renda. Isso pode causar surpresa e frustração, já que o valor líquido que a pessoa recebe acaba sendo bem menor do que o esperado.

3. Adiantamento do 13º pode virar armadilha financeira

Quando o trabalhador recebe a primeira parcela do 13º, que é paga em novembro, não tem descontos. Essa situação pode deixar a pessoa confortável e, às vezes, ela acaba gastando achando que a segunda parcela será igual. A realidade é que essa segunda parcela será menor devido aos descontos que ela sofre. Esse comportamento pode levar a um descontrole financeiro no fim do ano, o que é uma das principais causas de problemas financeiros.

4. Reservar parte do 13º para dívidas evita juros altos em janeiro

Uma dica importante é organizar as contas atrasadas e usar parte do 13º para quitar dívidas. Isso pode ajudar a evitar que os juros aumentem muito em janeiro. Ao invés de gastar tudo com compras de fim de ano, é mais sábio usar o dinheiro para sanar pendências e evitar problemas futuros.

5. Planejamento pode reduzir imposto em 2026

Fazer um bom planejamento financeiro pode trazer benefícios a longo prazo. Gastos que podem ser deduzidos, como despesas com saúde e educação, realizados em dezembro, podem ajudar a reduzir o imposto a ser pago em abril do ano seguinte. O 13º salário pode se tornar uma ferramenta de economia se usado corretamente. Organizar recibos e antecipar pagamentos dedutíveis são formas de facilitar a declaração e diminuir o valor a ser pago.

Organizar essas informações é essencial para evitar surpresas no final do ano. Assim, as pessoas podem planejar melhor seus gastos e se preparar para o que está por vir. É sempre importante ficar de olho nos detalhes, principalmente quando se trata de finanças. Afinal, todo cuidado é pouco para garantir que o dinheiro recebido seja bem aproveitado.

Ao final do mês de dezembro, com o pagamento da segunda parcela do 13º, é importante se certificar de que todos os seus compromissos financeiros estão em dia. Uma boa gestão do dinheiro evita surpresas e ajuda a manter as contas sob controle.

Por isso, é fundamental que cada trabalhador entenda os descontos e como funcionam os cálculos do 13º, para que não seja surpreendido por valores menores do que o esperado. Um planejamento financeiro é sempre o melhor caminho para garantir tais situações. Saber como seu salário e benefícios são calculados pode fazer toda a diferença na hora de administrar suas finanças.

Ficar atento a esses pontos e se planejar com antecedência pode ajudar a evitar grande dores de cabeça, permitindo que o fim de ano seja mais tranquilo. Por isso, vale a pena fazer um esforço extra para entender como funciona a segunda parcela do 13º e se preparar financeiramente para ela. Assim, será mais fácil celebrar as festas de final de ano sem preocupações.

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Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.