Desde que nascem, as crianças têm uma sensibilidade incrível ao que rola ao redor delas. Mesmo antes de conseguirem entender tudo ou falar sobre os sentimentos, já reagem fortemente aos estímulos do ambiente. Essa sensibilidade é parte natural da infância, mas muitos adultos não percebem.

De acordo com a sacerdotisa Narja Nunes, esse jeito de sentir tudo faz parte do que as crianças são. “Quando uma criança nasce, seu campo energético está aberto, sem as defesas que os adultos criam com o tempo. Elas sentem o ambiente muito antes de entenderem as coisas”, comenta.

Essa capacidade de sentir torna difícil distinguir uma birra normal de uma sobrecarga energética. A birra tem justificativas claras, como cansaço ou frustração. Já a sobrecarga chega do nada, sem conexão aparente com o que está acontecendo.

## Sinais de sobrecarga energética em crianças

Alguns sinais de sobrecarga incluem mudanças de humor repentinamente, choro sem explicação, irritação que não some mesmo quando as necessidades físicas são atendidas, medo súbito de pessoas ou lugares, e um olhar distante, como se estivesse carregando um peso.

A energia do ambiente influencia a criança de maneira incompreensível. O corpo também dá sinais, como sono agitado, pesadelos, cansaço mesmo após um bom descanso, falta de apetite ou até mais fome do que o normal, adoecimentos leves sem explicação e, às vezes, uma necessidade forte de ficar perto de um adulto específico.

“A criança expressa energeticamente aquilo que não consegue verbalizar”, explica Narja. Isso mostra como é importante ficar atento aos sinais que elas dão, já que nem sempre tudo pode ser resolvido com palavras.

## Fotos em redes sociais são uma porta de acesso energético

Um tema importante é a exposição nas redes sociais. A realização de fotos pode ser mais do que apenas clique. “A imagem é como uma porta de acesso energético. A criança é atingida pela intenção de quem olha, seja amor, inveja ou obsessão”, enfatiza Narja.

Como ainda não têm defesas emocionalmente formadas, elas absorvem vibrações que não conseguem entender. Por isso, é recomendado usar cautela ao postar. Evite compartilhar momentos de fragilidade e não exponha muito a rotina íntima. Se puder, proteja a energia da criança antes de publicar algo.

Além disso, a energia da família também acompanha a criança. Assim como herda traços físicos, ela também recebe memórias emocionais e padrões energéticos. “Quando uma criança é mais sensível, geralmente tem uma ancestralidade espiritual forte por trás”, diz Narja.

Essa herança se manifesta na maneira como a criança percebe as coisas ao seu redor, reage a outras pessoas ou demonstra medos sem origem clara. Essa conexão energética com a família é fundamental para entender como a criança se comporta.

## Rituais para proteção energética da criança

Para ajudar a balancear essa energia, a sacerdotisa sugere um benzimento simples que qualquer família pode fazer. É só colocar a mão na cabeça ou no peito da criança, respirar fundo e mentalizar ou falar em voz baixa: “Que toda energia que não pertence a você seja liberada agora, que sua luz volte ao seu eixo”. Depois, passa a mão do topo da cabeça aos pés, como se estivesse tirando uma carga, e finaliza com um sopro leve.

Esses pequenos rituais ajudam e são simples de fazer. Antes de dormir, deixe o ambiente calmo, com luz baixa e respiração tranquila. Frases que trazem segurança, como: “Você está seguro, sua alma está tranquila”, ajudam muito. Ao acordar, abra a janela para deixar a luz do sol entrar e convide a criança a respirar fundo três vezes.

Na hora de sair, visualize uma bolha dourada envolvendo a criança e use um acessório simbólico de proteção, se possível. Segundo Narja, “pequenos rituais criam grandes proteções”. São gestos simples, mas que têm um impacto significativo na energia da criança.

Em situações de crise, quando o choro é inexplicável, é hora de agir com calma. Tire a criança do ambiente, coloque-a no colo, peitem juntos, respirem em sintonia até a energia se acalmar, e faça movimentos circulares nas costas dela. Repita coisas que trazem conforto, como: “Eu estou aqui, você está segura, nada vai te fazer mal”. Se puder, lave as mãos e a nuca com água corrente para dissipar a energia negativa.

## Energia da família afeta a criança

Por último, é importante lembrar que atitudes da família podem afetar a energia da criança mesmo sem querer. Discussões frequentes, comentários negativos, exposição emocional, pais esgotados e ambientes desorganizados afetam o equilíbrio dela de forma direta. “A criança capta tudo. O campo dela é uma extensão do que acontece em casa”, ressalta a sacerdotisa.

Se crises se tornam frequentes, medos novos surgem, sono se altera por muitos dias, e a criança evita algumas pessoas ou seu comportamento muda sem explicação, é melhor procurar ajuda. “O trabalho espiritual ajuda a limpar e proteger. A terapia é essencial para estruturar emocionalmente. Juntar essas duas abordagens é o caminho mais eficaz”, conclui Narja.

A relação entre a criança e o ambiente ao redor é complexa e cheia de nuances. É essencial estar atento a esses sinais e utilizar práticas que ajudem a proteger e equilibrar a energia das crianças, proporcionando um espaço seguro para que possam crescer e se desenvolver.

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Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.