As festas de fim de ano costumam ser cheias de alegria, mas trazem desafios sérios para o bem-estar dos animais. Os fogos de artifício, com seus barulhos altos, podem deixar muitos bichos em pânico, levando a comportamentos perigosos e até acidentes.

A Ranna Souza, coordenadora de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, explica que tanto pets, como cães e gatos, quanto animais de fazenda e silvestres, podem sofrer durante esse período festivo.

Os pets são muito sensíveis aos sons. Fogos podem gerar muito medo e ansiedade, fazendo com que se escondam, latiam e até tentem fugir. Isso pode causar problemas de saúde, como taquicardia e convulsões, principalmente nos cães.

Para minimizar esses impactos, é fundamental criar um ambiente mais tranquilo. Aumentar a consciência sobre os efeitos danosos dos fogos é uma forma de transformar o modo como celebramos e garantir que todos os animais fiquem bem.

Agora, vamos entender como os fogos de artifício afetam diferentes tipos de animais.

### 1. Cachorros

Os cachorros possuem um ótimo sentido auditivo e, por isso, os fogos os assustam muito. Os barulhos altos podem causar medo extremo e estresse. Isso leva a comportamentos como tremores e latidos excessivos. Em casos mais graves, a saúde do cão pode ser afetada, resultando em problemas como taquicardia, que é quando o coração bate muito rápido, e até convulsões.

### 2. Gatos

Os gatos também sentem o impacto dos fogos, mas suas reações podem ser menos visíveis. Quando ficam assustados, eles geralmente se escondem em cantos seguros. No entanto, o estresse causado pelos ruídos pode afetar seu comportamento e saúde. Eles podem perder o apetite e apresentar agressividade, algo que não é comum no dia a dia deles.

### 3. Animais silvestres

Os animais silvestres são ainda mais vulneráveis aos fogos. A luz e os sons podem fazer aves abandonarem seus ninhos, o que é um grande risco para os ovos e filhotes. Mamíferos como coelhos e veados podem entrar em pânico e buscar fugir, aumentando o risco de acidentes nas estradas. O estresse gerado pelos fogos pode prejudicar a reprodução e a sobrevivência desses animais em seu habitat.

### 4. Animais de fazenda

Assim como os silvestres, os animais de fazenda, incluindo cavalos, vacas e galinhas, sofrem bastante com os fogos de artifício. O barulho intenso pode causar pânico, levando os animais a tentarem escapar, o que é muito perigoso. Além disso, o estresse pode afetar diretamente a produção de leite e ovos, impactando a economia dos produtores e a segurança alimentar.

### Conclusão

Promover a consciência sobre a segurança dos animais durante as festividades de fim de ano é muito importante. Isso envolve não apenas respeitar os pets e os animais silvestres, mas também criar um ambiente mais sereno. Uma maneira de fazer isso é buscar formas alternativas de celebrar, que não envolvam fogos de artifício.

Além disso, existem algumas dicas para ajudar os pets a lidarem melhor com a situação. Tente criar um espaço confortável em casa onde seu animal se sinta seguro. Use objetos como cobertores ou brinquedos preferidos para distraí-los. O uso de música suave pode ser uma estratégia eficaz para abafar os ruídos dos fogos.

Tranquilizar o animal também é importante. Mostre carinho e ofereça companhia, o que pode ajudar a reduzir a ansiedade. Tente manter a rotina do seu pet o mais normal possível, com horários de alimentação e passeios regulares.

Em suma, embora as celebrações de fim de ano sejam momentos de alegria e união, não podemos esquecer nossos amigos de quatro patas. Com cuidado e atenção, é possível comemorar de uma forma que leve em conta o bem-estar de todos os seres vivos ao nosso redor. Vamos fazer a diferença na vida dos animais que compartilham nosso lar e nosso planeta.

Adotar práticas que tragam conforto e segurança aos nossos pets, especialmente em períodos festivos, é um passo importante. Dessa forma, podemos nos divertir sem causar sofrimento aos nossos melhores amigos. Assim, todos podem aproveitar as festas de maneira tranquila e alegre.

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Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.