A série “Os Donos do Jogo” chegou à Netflix no dia 29 de outubro e rapidamente se tornou um sucesso. É uma das produções mais vistas da plataforma. Nas redes sociais, o público tem feito muitos elogios aos atores, ao enredo envolvente e à qualidade da dramaturgia brasileira.

Misturando ação, drama familiar e crítica social, a série retrata o ilícito jogo do bicho no Rio de Janeiro de maneira ficcional. Essa combinação tem chamado a atenção de quem assiste. Vamos conferir algumas curiosidades sobre os bastidores da série, suas inspirações e o processo de criação.

### 1. Inspiração real, personagens fictícios

Apesar de a série se basear na vida real, onde o jogo do bicho é uma contravenção comum no Brasil, os personagens são completamente fictícios. O diretor Heitor Dhalia explicou em uma entrevista que eles foram criados a partir de pesquisas.

“É ficção, mas com um alto grau de realismo”, disse Dhalia. Isso significa que, mesmo que alguns personagens pareçam com pessoas reais, suas histórias e ações foram inventadas e não representam eventos ou indivíduos reais.

### 2. O mundo do crime e o Carnaval estão ligados

Embora os personagens sejam fictícios, a conexão entre o Carnaval e o mundo do crime é bem real. Muitos bicheiros, que são os responsáveis pelo jogo do bicho, foram fundadores de escolas de samba no Rio.

No entanto, os nomes dessas escolas não aparecem de forma direta na série. A trama mostra um lado mais sombrio do Carnaval, com brigas por território, sequestros e até assassinatos relacionados às apostas.

### 3. O protagonismo feminino não existia

Na série, as personagens Mirna (Mel Maia) e Leila (Juliana Paes) têm destaque, mas na vida real, não há registros de mulheres como protagonistas no jogo do bicho. Tradicionalmente, essa área sempre foi dominada por homens.

A ideia de ter personagens femininas fortes pode ter surgido da realidade atual, onde filhas de bicheiros realmente estão envolvidas em disputas de poder e propriedades no mundo do jogo.

### 4. Parte das filmagens aconteceram em locações externas

Para dar mais realismo à série, parte das filmagens aconteceu em locações externas no Rio de Janeiro. Ao todo, foram aproximadamente 640 dias de gravações pela cidade. A Rio Film Commission ajudou com apoio logístico durante a produção.

Os criadores queriam que a série mostrasse a beleza do Rio de Janeiro. O diretor falou que buscou a essência do paisagismo tropical e um estilo luxuoso nas construções, capturando a riqueza visual da cidade. Essa escolha ajudou a dar um toque autêntico e vibrante à obra.

### 5. Ator do personagem “Esqueleto” é irmão de Arthur Aguiar

Um dos personagens principais, Esqueleto, é interpretado por Ruan Aguiar, que é irmão do ator Arthur Aguiar. Arthur ficou famoso por sua participação no BBB 22. Ruan já tinha experiência em outras produções, como “Fuzuê”, e agora faz parte de uma nova produção da Globo para plataformas digitais chamada “Tudo Por Uma Segunda Chance”.

Uma curiosidade sobre Ruan é que ele precisou perder 13 quilos para poder interpretar Esqueleto convincentemente. Isso mostra como a preparação de um ator pode ser intensa para se encaixar no papel.

### 6. A importância dos figurinos e estética

Os figurinos da série foram um dos principais pontos de atenção durante as filmagens. A produção se esforçou para representar o estilo de vida dos personagens de forma autêntica, refletindo a cultura do Rio de Janeiro.

Os figurinistas pesquisaram muito sobre moda e tendências locais para criar visuais que se encaixassem na história. Isso ajudou a dar mais credibilidade às cenas, fazendo o público sentir que os personagens realmente pertencem àquele ambiente.

### 7. A trilha sonora e sua influência

Outro aspecto importante da série é a trilha sonora. As músicas foram escolhidas a dedo para complementar as cenas e a atmosfera da narrativa. O diretor e os produtores acreditam que a música é fundamental para engajar o público.

As canções que tocam nas cenas trazem um pouco da cultura carioca, enfatizando a conexão entre a trama e a realidade do Rio. Isso ajuda a transmitir mais emoção e peso nas situações vividas pelos personagens.

### 8. A recepção da crítica e do público

Desde o seu lançamento, “Os Donos do Jogo” teve uma recepção muito boa. O público elogiou a construção dos personagens e o desenvolvimento da história. A crítica, por sua vez, também destacou a qualidade da produção e a forma como o tema foi abordado.

O engajamento nas redes sociais tem sido forte, com muitos fãs comentando sobre seus personagens favoritos e as reviravoltas da trama. A série já se tornou um assunto recorrente entre os brasileiros, que esperam ansiosos pelos próximos episódios.

### 9. O impacto da série na percepção do público

A série não só entreteve, mas também trouxe à tona discussões sobre o jogo do bicho e seu impacto na sociedade. Ao lidar com temas como violência e corrupção, “Os Donos do Jogo” instiga uma reflexão sobre a realidade que muitos conhecem, mas que nem sempre é discutida abertamente.

Isso mostra como a arte pode ser uma ferramenta poderosa para tratar de assuntos complexos de maneira acessível e envolvente para o público. Ao mesmo tempo, abre espaço para debates sobre a legalização de jogos de azar e as consequências sociais disso.

### 10. O futuro da série

Com o sucesso que a série tem feito, muitos se perguntam sobre o futuro de “Os Donos do Jogo”. Existe a expectativa de que novos episódios sejam lançados, e os fãs estão curiosos para saber o que acontecerá com os personagens. O diretor e os roteiristas estão atentos ao que o público quer ver e como a história pode se desenvolver.

Esse é um dos fatores que pode influenciar na criação de novas temporadas e na continuidade da narrativa. A interação com os fãs pode ser um indicativo do caminho a seguir, garantindo que a próxima parte mantenha o mesmo nível de qualidade e emoção.

Com tantas nuances e detalhes, “Os Donos do Jogo” promete continuar conquistando cada vez mais fãs, mostrando que a combinação de uma boa história com talento pode resultar em algo realmente memorável.

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Formada em letras pela UNICURITIBA, Cristina Leroy começou trabalhando na biblioteca da faculdade como uma das estagiárias sênior. Trabalhou como revisora numa grande editora em São Paulo, onde cuidava da parte de curadoria de obras que seriam traduzidas/escritas. A 4 Anos decidiu largar e se dedicar a escrever em seu blog e sites especializados.